Agentes de trânsito alertam pedestres sobre os riscos de andar distraído

Quem passou pelo calçadão da Rua XV de Novembro e pela Boca Maldita, nesta sexta-feira (18/5), teve a oportunidade de conversar e receber informações dos agentes da Escola Pública de Trânsito (EPTran), o órgão da Prefeitura encarregado de desenvolver ações educativas sobre o tema. A atividade faz parte da programação do evento Maio Amarelo.
A ação foi voltada para os pedestres. De acordo com acompanhamento feito pelo projeto Vida no Trânsito, os pedestres são o segundo segmento no ranking dos que mais morreram nas ruas da cidade e trechos urbanos de rodovias em 2017. Eles foram 61 das 178 vítimas do período. “Desatenção, uso de celular e travessia em locais inadequados estão entre as principais causas de acidentes”, explicou o diretor da EPTran, Wagnelson de Oliveira.
Alguns interessados pararam para ouvir dicas e contar experiências aos agentes da Superintendência de Trânsito (Setran). Há seis anos em Curitiba, o professor de Educação Física gaúcho Severino Rosa ainda estranha os motoristas e os motociclistas. “O motorista daqui é brabo, buzina por qualquer coisa e os motociclistas quase se matam de tanta pressa. Não é que não exista o problema em Torres (RS), mas aqui é demais”, comparou, referindo-se à cidade onde mora a mãe dele, Jussara, que passeava pelo calçadão com o filho e a nora, a curitibana Maristela.
A aposentada Terezinha Kaminski se preocupa mais com os pedestres. “É muita distração, agora mesmo tive que segurar o braço de uma mulher que, desligada que só, conversava com outra e ia atravessando a rua na frente dos carros, com o sinal aberto para eles. As pessoas precisam prestar mais atenção”, afirmou, aceitando os folhetos educativos distribuídos pelos agentes de trânsito.
Prioridade ao pedestre
Para o servidor público Glaucir Costa Pinto, o segredo para diminuir o número de acidentes envolvendo pedestres é o motorista se colocar no lugar deles. “Pra mim, o pedestre está sempre na preferencial. Paro mesmo”, disse.
Talvez não fosse o mesmo pensamento do motorista de caminhão que, por pouco, não atropela Bernadete Oliveira, mulher de Glaucir. “Na ocasião, ele bateu com a carroceria no meu ombro, eu rodei e caí. Acho que foi uma distração dos dois, minha e do motorista”, acredita Bernadete.
 
Com 90 anos de vida e 50 de motorista, o agricultor marroquino radicado no Paraná Jean-Pierre Le Bourlegat é uma raridade. Garante que nunca se envolveu em acidente de trânsito. Nos últimos oito anos, tornou-se apenas pedestre. “Caminho muito, do Batel, onde moro, até o fim do calçadão e sou um pedestre exemplar”, diz ele. “Atravesso na faixa, observo o fluxo do trânsito e faço tudo com calma”, contou. 

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