Moradores de residências terapêuticas vão à Praia de Caiobá



Quinze moradores de duas residências terapêuticas de Curitiba tiveram um dia diferente nesta terça-feira (6/3). Eles passaram a manhã e a tarde na Praia de Caiobá, na Associação dos Servidores Públicos do Paraná (Aspp). “Esse tipo de atividade auxilia na reinserção social dos moradores das residências terapêuticas”, explica a responsável técnica de desinstitucionalização da área de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde, Maria Carolina Pereira. 
Os moradores das residências terapêuticas são pacientes que passaram por longos períodos de internação em hospitais psiquiátricos e acabaram perdendo o vínculo com a família e a sociedade. Após a reforma psiquiátrica brasileira e a, consequente, desospitalização, eles passaram a morar em residências terapêuticas. Curitiba tem cinco instituições do gênero mantidas pela Prefeitura e onde moram 38 pessoas. 
Segundo Maria Carolina, as residências terapêuticas desenvolvem diversas atividades para a reinserção social dos pacientes. Eles fazem passeio em parques, vão ao cinema, ao circo e sempre se envolvem na escolha da programação. Alguns passeios são feitos em parcerias com outras instituições e empresas. "Já a ida à praia não é tão corriqueira, porque exige toda uma logística”, diz Maria Carolina. 
Para concretizar o passeio dos 15 moradores no Litoral foi necessária também a presença de 15 cuidadores. “Precisamos de um cuidador por morador, devido às necessidades deles e ao grau de complexidade do passeio. Alguns são cadeirantes”, explica a coordenadora da Residência Terapêutica do Mossunguê, Ana Maria Alexandre. 
O roteiro do grupo incluiu banho de mar e de sol, almoço na Aspp, sorvete na D’Vicz e o regresso para casa. Tanto a Aspp, como a D’Vicz, foram parceiras do passeio. “É uma delícia fazer esse passeio  e nada paga ver a felicidades deles. É extraordinário”, afirma a coordenadora da residência terapêutica Ipiranga, Dinalva Dias. 
“Trazer os pacientes para um passeio como esse é um prazer tão grande que não tem como descrever”, diz Ana Maria. Ela conta que não há como precisar se alguns dos moradores estavam vendo o mar pela primeira vez. “Como eles estiveram muito tempo internados, acreditamos que para alguns seja a primeira vez, sim. Mas não temos como ter certeza, porque há dificuldade de comunicação”, diz.
Acompanhamento 
Nas residências terapêuticas, além de ser trabalhada a reinserção social, os moradores recebem acompanhamento de saúde, pelas unidades básicas de saúde e pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

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