Divulgado resultado do 1º Levantamento de Infestação do Aedes aegypti

 

 

Números demonstram que município conseguiu conter o avanço do mosquito, mas população precisa ficar atenta e ajudar destruindo criadouros
O secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin, divulgou, na manhã desta sexta-feira (15), os números do primeiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRA a) de 2016. De acordo com os dados, em 8% dos imóveis de Londrina foram encontrados focos do mosquito transmissor da dengue, o que representa situação de risco segundo o Ministério da Saúde.

Segundo Martin, a população precisa se conscientizar da importância do combate ao mosquito, que pode transmitir além da dengue, infecção pelo vírus Zika e a Febre Chikungunya. “Uma coisa positiva é que a gente conseguiu conter a expansão do mosquito, mas ainda é preocupante, porque continuamos oito vezes acima da meta desejada, que é o LIRAa abaixo de 1%. Precisamos alcançar este índice com a destruição dos criadouros”, disse.

A região que apresentou o maior índice de infestação foi a sul, onde 9,2% dos locais apresentaram criadouros do Aedes, principalmente em lixos (recipientes plásticos, garrafas, latas) e depósitos móveis (vasos, plantas, frascos com plantas, bebedouros de animais). A sublocalidade que mais chamou a atenção durante toda a pesquisa dos agendes de endemias foi a região nas proximidades da Chácara São Miguel, região de abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS) Cafezal, onde 50% de pontos estavam com fotos e criadouros de dengue.

Na região norte, os moradores também precisam ficar atentos, pois ela ficou em segundo lugar no ranking das mais infectadas pelo mosquito, com 8,6% dos imóveis com problemas. Na área central, os agentes encontraram larvas em 7,5% das residências e pontos comerciais. Já na zona leste, o índice ficou em 7,3% e na oeste em 6,9%.

Segundo o secretário de saúde, a contenção do mosquito tem reflexo direto no aumento de casos de dengue, porque quando há crescimento do índice de infestação, na sequência, há o crescimento da ocorrência de casos.  No quarto LIRAa de 2015, o município registrou o índice de 7,9%. No mesmo período de 2014, o resultado havia sido de 1%. Já no levantamento feito em janeiro de 2015, apontou-se 10,3% de infestação na cidade. Comparativamente, isso demonstra que houve um crescimento de 10 vezes na expansão do mosquito, o que não aconteceu agora, em 2016.

Casos em investigação - Além da dengue, em Londrina, estão sendo analisados cinco casos de infecção pelo vírus Zika, sendo que quatro foram registrados no final de 2015 e outro este mês. Dentre os quatro de 2015, dois são de Londrina e dois são considerados importados, sendo 1 de Tamarana e 1 do Mato Grosso do Sul. O caso computado este ano é um paciente de Sinop (MG).

Segundo os dados, há quatro casos de microcefalia que estão sendo investigados. Três deles são de Londrina e um de Cambará. Atualmente, estão registrados na Secretaria de Saúde 16 casos de Chikungunya, sendo que dois casos confirmados até o momento, sendo estes importados. Um paciente é proveniente da Bahia, e outro de Alagoas. Outros seis casos estão sendo estudados e esperam o resultado do exame laboratorial; seis deram negativo para a doença e dois foram confirmados como dengue e não Chikungunya.

Os casos suspeitos de infecção pelo vírus Zika, microcefalia e Febre Chikungunya são atendidos no Hospital Universitário (HU), que é o serviço de referência na região. Todos passam por exames laboratoriais após investigação inicial para dengue. “Se no primeiro exame que fazemos der positivo, nós já afastamos as outras doenças. Se o caso for negativo para dengue e há a suspeita das outras doenças (Zika, Chikungunya) nós continuamos investigando. O HU é a nossa referência, e também para os bebês com suspeita de microcefalia que chegam a nossa região e que são atendidos em Londrina”, explicou a diretora da 17ª Regional de Saúde, Teresinha de Fatima Sanchez.

Ações - Para conter o avanço do mosquito, os técnicos municipais estão investindo em ações educacionais e estratégicas como aplicação do fumacê, inspeção pelos agentes de endemias, contratação de mais agentes de endemias, cooptação do envolvimento de mais entidades para o combate à doença e ajuda na destruição dos foco. Além da sensibilização da população, cuja participação é fundamental no combate ao mosquito e à doença.
O município também passa a aplicar multas lavradas, que podem chegar a R$ 20 mil. Segundo Martin, há cerca de R$ 60 mil em multas projetadas para serem aplicadas em janeiro.

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