Geração elétrica no contexto da crise hídrica é tema da revista 'Em discussão!' Nelson Oliveira


O Brasil tem enfrentado sérios desafios à geração de energia elétrica a preços compatíveis com as necessidades do desenvolvimento econômico e ao menor custo ambiental possível. De um lado, a crise hídrica dos últimos anos afeta os reservatórios das usinas; de outro, questões estruturais e de planejamento trazem incertezas ao setor. Há, ainda, a premência de investimentos em fontes alternativas.
Num cenário de ajuste fiscal, queda na atividade econômica e aumento nas contas de luz, o debate sobre a produção e o abastecimento de energia tem mobilizado não só as autoridades, técnicos do setor, estudiosos e parlamentares, mas igualmente os empresários e a população.
Todos são unânimes em apontar para os efeitos danosos, em termos ambientais e econômicos, das caras e poluentes termelétricas, mas como fazer para diversificar a matriz energética brasileira?
É o que a revista Em Discussão! propõe-se debater em sua edição nº 25, que será lançada na próxima quarta-feira (3), às 8h30, logo no início da reunião ordinária da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
A revista entrevistou senadores que têm propostas para alterar a legislação do setor e especialistas, além de compilar os registros de audiências públicas, de modo a oferecer aos leitores um amplo painel da energia elétrica no contexto da crise hídrica.

Tarifas

Desde março, o Senado já recebeu três ministros que se pronunciaram sobre as tarifas e a diversificação da matriz energética. Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento, disseram, na Comissão de Assuntos Econômicos, que o Tesouro Nacional não poderia seguir suportando os subsídios às contas de luz fixados pela Medida Provisória 579, baixada em setembro de 2012, pela qual se concedeu um desconto médio de 20% nas tarifas.
Levy apontou justamente para o aumento das contas como um instrumento educativo, além de fiscal. No dia 8 de abril, Eduardo Braga, titular de Minas e Energia e senador licenciado, seguiu na mesma linha, em reunião conjunta da CAE e da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). Além de tratar do “realismo tarifário”, acenou com inovações para reduzir a dependência das usinas movidas a água e das termelétricas, acionadas quando os reservatórios estão baixos e as hidrelétricas não conseguem atender a demanda. Os lagos das Usinas de Balbina, no Amazonas, e de Sobradinho, na Bahia, foram os escolhidos para os primeiros testes com painéis solares fotovoltaicos flutuantes.
O anúncio dessa nova tecnologia, que permite a utilização de subestações próximas às hidrelétricas e linhas de transmissão já instaladas, deu-se no contexto de um alerta aos senadores:
- A crise hídrica não passou e temos de tomar medidas para nos contrapormos a esse quadro - explicou Braga.
Ele observou, entretanto, que a situação atual não se compara à de 2001, quando os reservatórios estavam mais cheios, mas não havia linhas de transmissão suficientes nem a energia das termelétricas para fazer frente a lacunas na geração da fonte principal.

Revista Em discussão!

O lançamento da revista Em discussão! sobre energia elétrica será na quarta-feira (3), às 8h30, na reunião ordinária da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), na sala 13 da Ala Alexandre Costa.
Agência Senado

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