Grupo permanente vai discutir ações de apoio aos catadores de reciclávei

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Mais de 80% dos cerca de 600 catadores cooperados são mulheres com mais de 40 anos e arrimo de família


Ontem ( dia 20), a CMTU promoveu um encontro entre as cinco cooperativas que operam o serviço de coleta seletiva em Londrina, o Provopar  e as secretarias de Educação e Assistência Social. A formação de um grupo multidisciplinar de apoio e incentivo aos catadores de materiais recicláveis da cidade visa promover ações que beneficiem esta fatia da sociedade.

Mesmo atuando nas Cooperativas de Coleta de Materiais Recicláveis, a grande maioria dos catadores continua convivendo com situações de risco. Mais de 80% dos cerca de 600 catadores cooperados são mulheres com mais de 40 anos e arrimo de família. Em comum, catadores homens e mulheres, dividem um histórico de fragilidades sociais e dificuldade de acesso a serviços básicos como educação, saúde e moradia.

“Queremos aproximar este grupo social da prefeitura, facilitando o acesso deles aos serviços de direito e que a administração pública já oferece. A expectativa é, com isto, melhorar as condições de vida deles, viabilizando a plena inclusão social destas pessoas.”, afirma o presidente da Companhia, Carlos Geirinhas.

A primeira ação do grupo vai ser mapear os problemas predominantes, apontando números e situação real dos cooperados e famílias. Os dados serão entregues na próxima reunião que já está agendada para o dia 4 de junho, às 14 horas, na CMTU. A partir do diagnóstico destes dados, secretarias municipais e CMTU vão traçar ações e metas de enfrentamento aos problemas.

As cooperativas elogiaram a iniciativa. “Como nós catadores temos sempre muita dificuldade de acesso aos serviços públicos, o evento de hoje (ontem) nos deu a oportunidade de expor nossas dificuldades diretamente a quem pode nos ajudar. Percebemos muito interesse e sensibilidade da parte do presidente da CMTU e das secretárias e acreditamos alcançar bons resultados com a formação do grupo”, comentou Adriana da Cruz Alves, presidente da Coopermudança.

Alfabetização e Creches

A possibilidade de oferecer alfabetização para os cooperados, na sede das cooperativas ou em locais próximos animou os participantes. A secretária de Educação, Janet Thomas, explicou que basta formar grupos com pelo menos 20 pessoas para que a secretaria possa viabilizar o atendimento. A falta de vagas em creches foi outro problema relatado e também poderá ser amenizado. “A iniciativa da CMTU é importantíssima. Esta aproximação vai permitir a elaboração de projetos específicos para este grupo e a inclusão deles em projetos que já estão funcionando”, afirmou.

A Secretária de Ação Social, Télcia Lamônica, reforça que a administração tem acompanhado de perto as situações mais vulneráveis e tem hoje um cadastro de 43 mil famílias, envolvendo cerca de 150 mil pessoas. “A organização deste grupo dá mais visibilidade aos problemas deste setor, o que facilita e agiliza a construção de soluções”, afirma. A presidente da Provopar, Mildred Bueno também participou do encontro. Para a próxima reunião deverão estar presentes também a secretaria de Saúde e a Cohab.

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