Educação repassa livro raro para o acervo da PM


Livro, de 1918, é de autoria de Ildefonso Juvenal, que foi também major da corporação

foto/divulgação: SME

Ildefonso Juvenal

   A Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis irá transferir para a Polícia Militar de Santa Catarina a obra original “Painéis”, publicada em 1918 por Ildefonso Juvenal. Negro, Ildefonso foi escritor, teatrólogo, jornalista e oficial da PM. O livro reúne poemas, versos, prosas e dramaturgia.

   A solenidade ocorre nesta segunda-feira (14), às 17 horas, na sede do Comando Geral.

   O livro foi recebido no conjunto de doações destinadas ao Floripa Letrada, projeto que tem por objetivo incentivar a leitura dos usuários do sistema de transporte coletivo dos terminais de integração de Florianópolis.

   A obra rara foi publicada em tipografia no formato 18X13, com 130 páginas, papel jornal no miolo e capa em papel cartão. Com valor histórico, cultural e social, está organizada com três poemas, sete versos, oito prosas e duas dramaturgias, registrando a evolução urbana da Capital.

  O processo de transferência para a PM visa a promover a leitura do livro com alunos e professores da escola militar, contribuindo com os planos de ensino e currículos do ensino fundamental e médio, bem como das escolas de Sargento e Oficial.

   O livro terá como destino a Biblioteca da Academia de Letras da corporação. A Polícia Militar também ganhará uma cópia digitalizada da obra, trabalho efetuado pelo Departamento de Tecnologia Educacional da Secretaria de Educação.

 Negro de destaque

   Ildefonso Juvenal nasceu em 10 de abril de 1894 em Florianópolis, falecendo em 9 de março de 1957. É considerado em Santa Catarina como o primeiro negro a se formar num curso superior. No ano de 1924, no antigo Instituto Politécnico, é graduado em Farmácia.

   Desta forma inicia, em 1926, a carreira na Polícia Militar do Estado, como segundo-tenente farmacêutico. No cargo, organiza a primeira farmácia da corporação. Em 1937, é promovido a primeiro-tenente. Na PM, fica até 1947, chegando ao posto de major.

   Como jornalista, escreveu para diversos jornais sobre fatos da história catarinense, registrando, por exemplo, a questão de limites entre Santa Catarina e Paraná, episódio ocorrido em 1916. Outro artigo de autoria dele, publicado em “A Gazeta”, é sobre o Regimento de Infantaria de Linha da Ilha de Santa Catarina, conhecido como Regimento Barriga Verde.

   Pelas suas pesquisas, é empossado como membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, em 1942.

   Como escritor, marcou presença em movimentos literários ao lado do professor Barreiros Filho e da professora Antonieta de Barros. Além de “Contos Singelos” (1914) e “Painéis” (1918), um outro livro dele se intitula "Contos de Natal”.

   Morador da região continental de Florianópolis, em 1973 Idelfonso Juvenal é homenageado com um nome de rua no bairro Estreito.

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