Ações de combate à malária são intensificadas no Vale do Juruá

Sesacre vai supervisionar os trabalhos de campo realizados pelos agentes de endemias (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Sesacre vai supervisionar os trabalhos de campo realizados pelos agentes de endemias (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Diante dos casos de malária no Vale do Juruá, o governo do Estado intensifica as ações para controlar a doença. Desde o último dia 28, uma equipe da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) está em Cruzeiro do Sul para fortalecer as ações de supervisão dos trabalhos de campo realizados pelos agentes de endemias.
Com o objetivo de garantir a continuidade das atividades de controle da doença, essa supervisão envolve os serviços de busca reativa e passiva de casos, borrifação das casas e adesão aos medicamentos.
Para a diretora da Vigilância em Saúde da Sesacre, Izanelda Magalhães, as ações de monitoramento têm garantido uma redução nos registros de casos de malária. Apesar do acréscimo de 19% nos casos notificados durante todo o ano de 2013 – quando comparados com 2012 –, no mês dezembro de 2013 houve uma redução de 22%, em relação ao mesmo mês do ano anterior.
“Em Cruzeiro do Sul, os números deste ano já apontam uma redução importante, pois foram notificados, até o último dia 29, 1.775 casos. Aproximadamente, 5% menor que o mesmo período de 2013, quando os números foram de 1.880 casos. Isso significa que as estratégias estão apresentando resultados”, informou Izanelda.
As ações de vigilância também reduziram em 25% os números de internações pela doença, já que a estratégia utilizada permite diagnosticar precocemente a malária e oferecer com agilidade o tratamento em domicílio.
A entrada dos agentes de endemias nas residências e suas orientações previnem novos casos (Foto: Sérgio Vale/Secom)
A entrada dos agentes de endemias nas residências e suas orientações previnem novos casos (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Combate à malária
Uma das formas de contribuir com o controle da malária é permitir a entrada dos agentes de endemias nas residências e seguir as orientações quanto ao uso correto dos mosquiteiros impregnados de inseticida. Outra forma de prevenção é evitar as proximidades de rios, matas, açudes e igarapés – que são o habitat natural de mosquitos transmissores da malária – em horários que o inseto se alimenta, entre 5 e 7 horas e 18 e 21 horas.
Alguns fatores contribuem para a proliferação do mosquito transmissor da malária e, consequentemente, o acréscimo de casos da doença, como, por exemplo, o aumento do índice pluviométrico – no período chuvoso – e a mudança cultural da população rural com a chegada da luz elétrica.
“Antes, as pessoas iam para debaixo dos mosquiteiros às 8 ou 9 horas da noite. Agora ficam até 11 [horas] da noite, vendo TV na sala, usando o computador etc. Essa exposição faz com que fiquem mais vulneráveis ao mosquito”, avalia Magalhães, ao explicar que qualquer alteração no comportamento humano ou no ambiente tem interferência direta no aumento dos casos.
Tomar a medicação até o fim é fundamental
A maioria das pessoas acometidas pela malária, após apresentar melhora do quadro sintomático, param de tomar os remédios.
“Completar o esquema terapêutico é fundamental para combater a doença. Contra a malária vivax, o tratamento é de sete dias, e contra falciparum, de quatro dias”, orienta Izanelda.
É importante que, ao sentir os primeiros sintomas (febre alta no mesmo horário com calafrios, náuseas, dor de cabeça e cansaço), a pessoa procure imediatamente as unidades de saúde. A demora em buscar tratamento pode agravar o problema.

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