Homicídios caem 25% em novembro


A queda no indicador deixa a taxa de homicídios por habitantes no Estado próxima dos menores patamares dos últimos anos
Estatísticas criminais divulgadas na última terça-feira, 24, no site da Secretaria da Segurança Pública revelam que os homicídios dolosos caíram pelo oitavo mês seguido no Estado de São Paulo, na maior redução da série iniciada em abril. Foram 25,3% casos a menos que em novembro do ano passado.

A queda no indicador deixa a taxa de homicídios por habitantes no Estado próxima dos menores patamares dos últimos anos. Embora ainda não seja possível contabilizar os dados de dezembro, a taxa do ano móvel - dezembro de 2012 a novembro de 2013 - é de 10,8 homicídios a cada grupo de 100 mil habitantes. No ano passado a taxa foi de 11,5/100 mil habitantes.
A redução em novembro é a maior dos últimos cinco anos e sete meses (67 meses), desde abril de 2008, quando o indicador registrou 123 casos a menos que o mês respectivo do ano anterior. A redução no mês passado foi de 119 homicídios (471 a 352).
A queda é puxada principalmente pela Grande São Paulo, que registrou redução de 41,35%, com 55 casos a menos.
As sucessivas reduções nos homicídios dolosos na comparação com os mesmos períodos do ano passado - descontando, assim, efeitos sazonais - indicam a tendência de redução deste tipo de crime no Estado.
No gráfico abaixo é possível observar o número de homicídios mês a mês neste ano e no mesmo período do ano passado (em barras). No destaque, a variação negativa nos últimos oito meses (sempre em comparação ao mesmo período do ano anterior).

O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, atribui a redução do indicador a medidas concretas adotadas durante o ano, como as reuniões bimestrais com os chefes das polícias para discutir ações integradas, o investimento em inteligência, incluindo a implantação do Ragisp - relatório que fornece uma espécie de mapa do crime -, e a valorização das carreiras policiais.
"São ações que visam, principalmente, as áreas de inteligência, investigação e integração entre as polícias. Só assim poderemos combater a criminalidade de forma eficiente", afirmou o secretário.
Outro indicador de criminalidade que teve redução em novembro foi o de extorsão mediante sequestro, com um caso a menos. Foram registradas três ocorrências do tipo.
Latrocínios e roubos
Embora ainda apresente maior número de casos neste ano do que no ano passado, houve queda de 3,8% nos latrocínios em novembro. Foram 25 ocorrências, o menor número de casos dos últimos 13 meses, desde outubro de 2012, quando houve 21.
Para o secretário, é preciso ações estruturantes para que o combate aos latrocínios seja mais efetivo, como a regulamentação da atividade de desmanches de veículos. O projeto, aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na última quinta-feira (19), torna mais rígido o controle sobre autopeças vendidas nestes estabelecimentos.
"Esta é uma medida estruturante, que quebra o elo da cadeia do crime. Os desmanches são um elo fundamental no ciclo econômico da criminalidade, pois são o destino da maioria dos veículos roubados. E o roubo de veículos tem forte vínculo com os latrocínios: 50% dos casos ocorrem numa tentativa do ladrão de roubar um carro ou uma moto", afirma Grella.
Entre os indicadores de crimes contra o patrimônio, houve queda nos roubos a banco (-6,3%), que caiu pelo terceiro mês seguido em novembro e repete a quantidade de casos do mês passado (15), a menor do ano. A maior alta foi nos roubos de veículos (32,36%).
Ainda houve menos furtos no mês no Estado, com 3,5% casos a menos que no mesmo mês do ano passado.
Mais prisões
As polícias Civil e Militar novamente bateram recorde de prisões no mês de novembro. Preparação e inteligência foram algumas das estratégias adotadas para a realização de 14.393 prisões no mês.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado - quando foram feitas 11.724 prisões - houve um aumento de 22,77%, ou 2.669 registros a mais do indicador de produtividade policial.
O número também é recorde se comparado os onze meses do ano. De janeiro a novembro foram feitas 155.929 prisões, o maior número da série histórica iniciada em 2001. Nos mesmos onze meses do ano passado foram 133.652.
Mais apreensões de drogas e armas
As polícias também tiveram recordes de apreensões de drogas. Em novembro, foram 3.338 apreensões, duas a mais que no mesmo mês do ano passado. A quantidade, que significa maior eficiência das polícias para apreender drogas e prender traficantes, é a maior dos últimos 13 anos.
O recorde também aconteceu no ano, com 40.692 apreensões, 2.749 a mais que entre janeiro e novembro de 2012, ou seja, um aumento

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Boletim Sesacre desta quarta, 29, sobre o coronavírus

Gestão de Gladson Cameli encerra 2021 com grandes avanços na Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura

Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa da Polícia Civil do Pará intensifica ações e aproxima a população de seus serviços