Centro de Tratamento em Diabetes do Rio é referência

Espaço tem capacidade para atendimento de 2,2 mil pacientes por mês

O diabetes é uma doença metabólica causada pelo aumento anormal de glicose no sangue. Quando não tratada adequadamente, podem ocorrer complicações como ataque cardíaco, insuficiência renal, problemas de visão e até amputação de membros. Em 2012, a International Diabetes Federation informou que há no mundo 371 milhões de pessoas portadoras da doença, crescente em todos os países. O Brasil ocupa a quarta posição entre os países com maior incidência da enfermidade: 13,4 milhões de pessoas são portadoras da doença.

Na tentativa de reverter o quadro, o Rio de Janeiro inaugurou o mais novo Centro de Referência no Tratamento de Diabetes do Estado. Com capacidade para atendimento de 2,2 mil pacientes por mês, o espaço fica na Policlínica Piquet Carneiro, na Tijuca, Zona Norte da capital. O investimento foi de R$ 1 milhão por meio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e do Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

– Em relação ao tratamento diabetes, a Uerj é uma referência. Quando nós fomentamos a pesquisa em qualquer instituição de ensino, estamos fomentando também, no caso do hospital, o acesso à população – afirmou o presidente da Faperj, Ruy Garcia.

O atendimento no centro de referência é gratuito e os pacientes serão monitorados por uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, professores de educação física e psicólogos. A chefe do serviço de diabetes da Uerj e coordenadora da clínica, Marília de Brito Gomes, destacou que a prevenção é o principal remédio contra o diabetes.

– O diabetes é uma doença grave que leva a uma mortalidade precoce. A concepção que tinha era que a gente tinha que, ao máximo, identificar precocemente estas complicações para tentar atuar de maneira preventiva – disse a diretora.

De acordo com dados da direção do novo centro de referência no tratamento de diabetes, cerca de 70% dos pacientes pertencem às classes menos favorecidas economicamente. Daí a importância dos enfermos serem tratados de forma integral.

Os pacientes contam com sete salas de ambulatório, atendimento nutricional, pesquisa clínica, consulta oftalmológica, avaliação cardiovascular, avaliação de neuropatia e exames, além da brinquedoteca. Na sala de espera, os pacientes podem conversar com os profissionais do centro de referência.
– Com o espaço para dialogar com os profissionais, melhorou bastante. A humanidade que tem é algo que acaba ajudando no tratamento – resume a professora Joelma Nogueira.

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