Unidade é referência nacional em casos de fratura com pacientes acima de 60 anos



O Centro Estadual de Trauma do Idoso (Ceti) acaba de atingir a marca de 1.000 cirurgias realizadas. O patamar foi alcançado dois meses antes do primeiro aniversário do serviço, criado em outubro de 2012. Funcionando dentro do Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, a unidade faz uma média de cinco procedimentos por dia, inclusive nos finais de semana e feriados, e já se tornou referência no atendimento a idosos com quadro de fratura de fêmur proximal.

Gerônimo José Antônio, 64 anos, foi o milésimo paciente operado. O aposentado se acidentou no domingo (25), quando arrastava um guarda-roupa em casa. A queda provocou uma fratura no quadril esquerdo. Devido à dor intensa, ele foi levado por familiares ao Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. Ainda no mesmo dia, ele foi encaminhado para o Ceti, pela ambulância excluisva do serviço.

Gerônimo foi operado na manhã de terça-feira (27), 48h após sua internação na unidade. O procedimento durou apenas 20 minutos. Com uma incisão de 10cm na coxa, foi possível fixar a fratura através de placa e parafusos. “Para o idoso é importante que a cirurgia seja menos invasiva. Desse modo, a recuperação é mais rápida e o risco de sequelas também é menor”, explica Marcos Correia, coordenador médico do Centro Estadual de Trauma do Idoso.

A alta foi dada na quinta (29/08) e Gerônimo foi levado de ambulância para casa, onde continuará no processo de recuperação. Ele só retorna à unidade daqui a 20 dias para consulta de acompanhamento.

- É a primeira vez que quebro um osso e agradeço pelo atendimento que recebi aqui. Os médicos são muito bons e a estrutura também - disse Gerônimo.

Curta e já bem-sucedida história do Ceti

O Centro começou a funcionar em outubro de 2012 recebendo pacientes referenciados de hospitais da rede estadual. Atualmente, várias outras unidades públicas de saúde em todo o estado encaminham pacientes para a unidade. As cirurgias são realizadas em até 48 horas, o chamado tempo de ouro para o sucesso de todo processo. O protocolo para este atendimento referenciado foi criado para ser seguido com rigor e, assim, garantir o sucesso das cirurgias e recuperação do paciente. Para isso, o serviço conta com três ambulâncias exclusivas para fazer essa remoção rápida entre os hospitais.

Acompanhamento pós-cirúrgico

Após a alta hospitalar, os pacientes recebem acompanhamento ambulatorial, inclusive com a realização de exames de imagem. As consultas acontecem até a consolidação da fratura.

Referência científica

Pesquisas internacionais indicam que a partir de 50 anos o risco de fratura dobra a cada cinco anos; 50% das mulheres sofrerão fratura de quadril aos 90 anos de idade. Sem intervenção cirúrgica em até 48h, 50% dos pacientes idosos vítimas de trauma precisam usar muletas e 23% morrem em até 12 meses.

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