Navio da Vale será descarregado em Omã e depois passará por reparos

Redação

O supergraneleiro Vale Beijing, que corria o risco de afundar na Baía de São Marcos, em São Luís (MA), por conta de rachaduras no casco, deve atracar até o fim do mês no porto de Omã. A embarcação, que tem capacidade de transportar quase 400 mil toneladas de minério de ferro, segue para o país da Península Arábica para descarregar as 260 mil toneladas de minério.

A empresa coreana que fabricou o navio, a STX, fez apenas reparos emergenciais no casco. Como não existem equipamentos para desembarque de minério de ferro nos portos brasileiros, o Vale Beijing precisou ir até Omã para retirar a carga, avaliada em US$ 50 milhões. Após esse procedimento, o navio deve ser levado para um dique seco, provavelmente na Turquia, onde finalmente poderá passar por uma inspeção mais cuidadosa e, se possível, ter o casco reparado. Durante toda a travessia do Oceano Atlântico o  Vale Beijing , que deixou as águas maranhenses no domingo de Carnaval, está sendo acompanhado por um rebocador.

O Vale Beijing faz parte de uma nova categoria de navios, conhecida como Valemax. Eles surgiram a partir de uma demanda da companhia brasileira de mineração por embarcações que pudessem transportar volumes cada vez maiores de minério de ferro. Ao todo a Vale encomendou 35 navios como o que ficou dois meses atracado em São Luís a estaleiros coreanos e chineses. Pelo acordo, 19 deles são de propriedade da Vale e os outros ficarão com embarcadores que prestarão serviços para a mineradora, por, no mínimo, 25 anos.

O fracasso na viagem inaugural do Vale Beijing acelerou uma decisão da empresa brasileira em rever sua estratégia no segmento de navegação. Ainda no final do ano passado a companhia decidiu que não fazia sentido ser proprietária dos navios, e os colocou a venda.

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