JICA estudará liberação de financiamento para contenção de cheias no Vale 
do Itajaí
Tóquio, Japão,

A Agência Cooperação de Internacional do Japão (JICA) admitiu a
possibilidade de liberar financiamento para o Governo do Estado realizar
obras de contenção no Vale do Itajaí, durante reunião nesta terça-feira
(27), em Tóquio, com a comitiva catarinense, liderada pelo governador
Raimundo Colombo. O Governo de Santa Catarina deve encaminhar nas próximas
semanas o pedido formal a JICA e a Presidência do Brasil deve ratificar o
pedido ao Governo Federal do Japão, que tomará a decisão sobre o
financiamento.



O Estado pleiteia a liberação de US$ 100 milhões da JICA para completar a
primeira parte do projeto que, ao todo, custa R$ 2 bilhões. Enquanto há
tramitação técnica do projeto no Japão, o governador Raimundo Colombo
assegurou que vai iniciar as obras. Será aumentado em, no mínimo, dois
metros o nível das barragens de Ituporanga e Taió, para contenção das
águas, além da formulação de plano de monitoramento e alerta de deslizes e
inundações no Vale do Itajaí. O investimento é de R$ 32 milhões do Governo
de Santa Catarina e 28 milhões do Governo Federal.



Durante a audiência, o vice-presidente da JICA, Hiroko Sasaki, afirmou que
a possibilidade de liberação do financiamento só foi viabilizada por causa
da presença do governador Raimundo Colombo e da comitiva catarinense. “O
Brasil, pelo seu crescimento econômico, não é prioridade do Governo
japonês, mas temos uma parceria com Santa Catarina desde 2008”, declarou
Sasaki, que prometeu a Colombo defender a aprovação do financiamento junto
ao Governo do Japão. O diretor da JICA também adiantou que a liberação do
financiamento deve ser vinculada a uma participação das empresas japonesas
na execução dos serviços.



Experiência com japoneses

Diante dos desastres vividos em toda a sua história, o Japão adquiriu uma
grande experiência na prevenção das catástrofes climáticas. Após a reunião
com a JICA, a comitiva catarinense esteve no Museu da Água para conhecer o
que foi feito no Rio Ara para evitar novas cheias. “Este espaço com toda a
história e os detalhes que nos foram passados de controle de inundações
com grande resultado foi um grande aprendizado”, conta Colombo.



Diante do excessivo número de inundações em Tóquio, o Rio Arakawa foi
começado a modificar em 1911 e terminou em 1930, como construção de
comportas, diques e alteração de vazão. Hoje, o rio conta com 90 pontos de
monitoramento e 60 câmeras, vigiado em uma sala no Museu da Água, às
margens do rio. Com as obras, a última grande enchente sofrida por Tóquio
foi em 1949. “É uma experiência viva de como resolver os problemas”,
conclui o governador.

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