Salada à portuguesa




Aproxima-se mais um 10 de Junho e já há programa de festejos para Macau. O Consulado promove uma noite de fados, um ciclo de cinema e uma exposição que conta do papel luso na migração das espécies vegetais pelo mundo.

Maria Caetano

O Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portugueses em Macau vai ter este ano fado estudantil, uma mostra da contemporaneidade portuguesa pela tela do cinema, uma exposição sobre o papel do país na migração das espécies vegetais pelo mundo e, em princípio, nenhum representante de Lisboa.

O programa foi ontem anunciado pelo cônsul de Portugal na RAEM, Manuel Cansado de Carvalho, que no período de crise política actualmente vivido em Portugal – com eleições legislativas antecipadas para 5 de Junho – confirmou não ter recebido “nenhuma indicação” de uma eventual presença de representantes do Governo português no território, habitual no 10 de Junho, embora com algumas excepções.

O programa de festas do dia nacional é virado para a população portuguesa, mas também para todos quantos se interessam pelo país. Este ano, o consulado diz ter procurado “fazer um bocadinho mais do que foi o caso nos últimos anos”.

Assim, e para além da habitual cerimónia do hastear da bandeira portuguesa no edifício da representação diplomática, da romagem à gruta de Camões e da recepção na residência consular, há cinema, uma exposição e uma noite de fados.

O programa arranca a 8 de Junho, na galeria da Livraria Portuguesa, com a mostra “A Aventura das Plantas”, trazida até Macau com o apoio da secção cultural da Embaixada de Portugal em Pequim, onde já esteve exposta.

“Conta a história de como os portugueses transportaram plantas pelo mundo e fizeram de alguma maneira, a nível vegetal, a miscigenação”, descreveu o cônsul. A exposição consiste num conjunto de painéis gráficos, da autoria do adido cultural português na capital chinesa, João Barroso, que explicam por exemplo o trânsito da batata entre a América para a Europa ou da manga entre a Malásia e o Brasil, pela mão de portugueses.

Há também um ciclo de cinema português contemporâneo de 13 a 24 de Junho, com cinco sessões previstas para o auditório do Consulado Geral de Portugal.

“Não podemos fazer um anúncio exacto do programa. Mas penso que será uma forma não só de animar este espaço, como de sobretudo dar aqui em Macau uma noção da contemporaneidade cultural portuguesa”, explicou Cansado de Carvalho, que conta avançar mais tarde o nome dos filmes seleccionados.

A 16 de Junho, à noite, recorda-se o fado um “bocadinho na tradição estudantil portuguesa” nas escadarias do edifício consular, caso as condições meteorológicas sejam favoráveis. “Se não, mais perto da data será indicada a localização alternativa”, indicou o cônsul.

Os eventos do programa de comemorações são feitos a pensar não só na comunidade portuguesa, mas também noutros públicos. “A exposição será trilingue. Os filmes vão ser exibidos com legendas, pelo menos numa outra língua, e a música do fado é universal. O convite é endereçado ao público mais abrangente possível de Macau”, explicou o representante de Lisboa.

Ao almoço no consulado

Os serviços consulares de Portugal em Macau mudam de horário a partir de 1 de Junho, com as instalações a funcionarem entre as 9h e as 12h30 no período da manhã, e entre as 13h30 e as 16h durante a tarde. A mudança “facilita a vida às pessoas, no sentido de poderem vir cá nos intervalos de almoço”, entende Manuel Cansado de Carvalho. O ajustamento motiva o reagendamento de alguns atendimentos já marcados. “Vamos ter de telefonar às pessoas para acertar horas de atendimento”, explicou o cônsul, avançando que os serviços querem também ser mais expeditos. “A preocupação é ver se aumentamos a capacidade de resposta aos pedidos para que as marcações sejam feitas mais próximas da data em que são pedidas”, disse

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