População de Abrantes lança petição a exigir mais segurança

Um grupo de estudantes da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) lançou na Internet uma petição pública a que chamaram “por uma Abrantes segura como dantes”, onde exigem maior segurança à Câmara Municipal e ao Governo Civil de Santarém, e que em poucos dias recolheu mais de 300 assinaturas.

Os assaltos cada vez mais frequentes e o tiroteio que ocorreu em plena via pública impulsionaram os cidadãos a aderir a esta iniciativa.

No documento, os peticionários afirmam-se “cansados” de viver numa cidade “controlada por uma comunidade de marginais que semeia o terror a seu bel-prazer, sobretudo quem frequenta espaços comerciais e de lazer e as zonas próximas do pólo universitário e das escolas”.

Defendem ainda que a área de intervenção no perímetro urbano da cidade seja retirada da PSP e entregue à GNR, tendo em conta a sua estrutura militarizada, devendo o posto de Abrantes ser reforçado com pessoal e equipamento.

O furto de fios de cobre em cabos de telecomunicações, que tem deixado as comunidades rurais do concelho sem telefone, internet e televisão, e os assaltos e agressões a habitantes associados a recorrentes atos de vandalismo tem revoltado a população, tendo o assunto dominado as conversas no dia a dia.

Contactada pela Lusa, a presidente da câmara, Maria do Céu Albuquerque, afirmou estar a efectuar “todas as diligências” para a criação do “conselho municipal de segurança” (CMS), cujo diagnóstico “já foi aprovado” pela tutela, aguardando a sua concretização pelo Governo que resulte das eleições de 5 de Junho.

O documento elenca e avança com medidas concretas e é considerado um instrumento “fundamental” para combater os fenómenos da criminalidade e da delinquência no concelho.

Céu Albuquerque afirmou que um grupo de jovens, “alguns com menos de 16 anos”, está identificado como sendo o “responsável pelo clima de medo e de insegurança” que se sente em “determinados pontos” da cidade.

Fontes policiais relataram à Lusa que esta semana registaram-se vários casos de assaltos e desavenças com perseguições de automóveis que incluíram disparos com armas de fogo na via pública, alegadamente entre elementos de gangues rivais.

A residência da própria presidente da autarquia não escapou à voragem dos assaltantes, que lhe levaram um carro, um computador e vários objectos pessoais.

Céu Albuquerque disse à Lusa que, “enquanto cidadã”, formalizou a queixa junto das autoridades, tendo adiantado que o automóvel furtado “já foi recuperado” e os assaltantes identificados.

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