Alcanena vai organizar feira da pele para promover imagem do sector em Portugal

A vila de Alcanena vai receber, a partir de sexta-feira, dia 29, a primeira edição da ExpoPele com o objectivo de promover a imagem deste sector a nível nacional.
Não é uma feira comercial mas o sector das peles e dos curtumes de Alcanena esperam que a 1ª edição da Expopele, que vai decorrer até domingo dia 29 de Maio, seja uma oportunidade para dar a conhecer o melhor que se faz com o couro português.
Segundo a presidente da câmara, Fernanda Asseiceira esta feira surge também com o intuito de lançar a marca “Alcanena – Capital da Pele”, à semelhança do que acontece com outros concelhos que desenvolveram “marcas territoriais”, como em Paços de Ferreira, conhecida como “a capital do móvel”.
A autarca salientou que a indústria dos curtumes é o principal sector deste concelho e que esta feira pode “ajudar a afirmar definitivamente” Alcanena como o grande centro de produção industrial de peles em Portugal.
A feira surgiu de uma ideia da Associação Comercial de Torres Novas, Alcanena, Golegã e Entroncamento (ACIS), que conseguiu fundos comunitários do MODCOM para financiar este evento. Rui Dias, presidente da ACIS, explicou que, apesar da maioria dos associados de Alcanena serem do comércio e serviços, a associação resolveu apostar num sector mais industrial com o objectivo de promover a imagem de Alcanena e, desta forma, beneficiar também os seus associados do comércio.
Para dar credibilidade e projectar esta feira ao nível do que se faz de melhor no sector, a ACIS conta com o total apoio da Associação Portuguesa dos Industriais de Curtumes (APIC) e do Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (CTIC). Serão estas entidades que vão certificar que os produtos expostos serão de alta qualidade e que a feira será “digna” daquilo que este sector já produz para as melhores marcas internacionais.
Segundo Gonçalo Santos, secretário geral da APIC, esta feira não tem um objectivo comercial para as indústrias do couro e da pele –que preferem apostar em feiras internacionais – mas é antes “uma forma de afirmar o sector do ponto de vista promocional, valorizando os produtos de qualidade que já hoje são feitos por esta fileira”.
“O nosso intuito não é mostrar pele acabada mas sim dar a conhecer os diversos produtos finais que actualmente são feitos em pele e que estão a ser produzidos por grandes marcas internacionais como as principais marcas automóveis”.
Segundo Alcino Martinho, director do CTIC, a ExpoPele será um espaço de mostra “da evolução tecnológica e qualitativa da indústria da pele”, um sector da fileira que também estará representado neste certame, a par de outras empresas ligados ao comércio e confecção de produtos acabados.
A organização quer também “estimular os estilistas portugueses a vir conhecer a qualidade da pele portuguesa”, sublinhou Gonçalo Santos, acrescentando que nesta feira vão acontecer desfiles de moda e vão estar patentes peças de arte feitas em pele.
Neste âmbito vai também decorrer uma conferência, designada “Tendências da moda: da criação à incorporação industrial (dia 27, às 18h).
“Queremos também elevar a auto-estima dos trabalhadores do sector ao poderem ver nesta feira os produtos acabados que são produzidos a partir das peles que saem de Alcanena”, salientou Gonçalo Santos.
A organização quer também estimular a criação de empresas nacionais e locais na área da confecção e comercialização de artigos em pele. Para a indústria, esta feira vai ter um mini-fórum de amostras de pele e uma zona de peles acabadas, ainda que esta componente seja inferior à componente promocional e de produtos acabados, salientam os organizadores, que não querem comparações com outras feiras internacionais do sector da pele.
Pedro Carvalho, do grupo Couro Azul, esteve presente no lançamento da Feira e pediu aos organizadores para que seja um evento com “dignidade” e que aposte sobretudo na imagem de responsabilidade social local das empresas para com os colaboradores de Alcanena e arredores.

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