Onde tudo começou

Em abril, a capital completa 50 anos. A Induspina, que comemora 53 anos de vida, continua contribuindo para o crescimento econômico e social da cidade. Persistência e muito trabalho são os segredos dessa longevidade
– Brasília, capital da esperança, cidade onde brasileiros vindos de todas as partes do país escolheram para morar, constituir família, trabalhar e abrir negócios dos mais variados segmentos. Em 21 de abril, ela completa 50 anos. E mais do que um local que abrigou pessoas de culturas diversas, a capital da República traz em sua história toda a perseverança e luta de empreendedores que apostaram no novo.

Empresários que investiram e acreditaram na nova capital, antes mesmo de sua inauguração, tiveram contribuição fundamental para o crescimento econômico e social de Brasília. Entre eles está Orédio Alves de Rezende, proprietário da Induspina Autopeças.

A Constituição de 1891 já previa a transferência da capital da República para o centro do país. Mas a ideia se tornou concreta apenas em 21 de abril de 1960. Apesar de ser uma cidade ainda em fase de maturidade, é inegável o fato de que ela sempre se desenvolveu rapidamente.

A Induspina se instalou em Brasília em 1957 e contribuiu, como tantas outras empresas, para consolidar a capital no Planalto Central. A empresa continua em plena atividade. A trajetória dela se confunde com a própria história de Brasília. Participou efetivamente da construção da nova capital e ainda continuam sendo parte importante do desenvolvimento da cidade.

Orédio Alves de Rezende é um dos precursores no mercado de autopeças no DF. A empresa existia desde 1948, em Anápolis. Três anos antes da inauguração da atual capital do país, abriu uma filial. Um ano depois, Rezende, com 22 anos, saiu de Anápolis, para gerenciar a nova loja.

Formada pela tradicional família Pina, do Estado de Goiás, que possuía diversos negócios na região, a Induspina tinha matriz em Anápolis e filiais em Goiânia, Ceres, Goianésia e, depois, Brasília.

As dificuldades foram muitas. O então vendedor deixou escola, amigos e familiares para assumir o cargo de gerente, em um lugar inóspito, onde tudo estava começando. Naquele tempo, apenas duas empresas atuavam no ramo de autopeças, a Induspina e a Autopeças Moreira, que hoje já não existe mais. Teve que enfrentar diversos obstáculos. O principal deles era a falta de uma comunicação mais ágil. “Várias peças vinham de São Paulo e, às vezes, demoravam quase um mês para chegar. Hoje temos fax, Internet. Tudo é muito mais rápido”, afirma.

Em 1964, finalmente, os sócios da empresa ofereceram a Orédio uma participação nos negócios, proposta que aceitou prontamente. A Induspina possui hoje três lojas (SIA, Taguatinga Centro e W3 Sul) e ainda é uma das empresas de autopeças mais respeitadas do mercado. No início, chegou a fornecer produtos para todas as construtoras e empresas que trabalharam na construção de Brasília e continua, acima de tudo, priorizando os clientes.

De acordo com Rezende, um dos fatores que determinaram o sucesso e a longevidade de seu negócio foi a persistência, não apenas dele, mas de seus sócios: Sebastião Feliciano Silva, Antônio Delgado Torres e Omélio Alves de Rezende (hoje falecido). “Mais ainda, a teimosia. Mas vale a pena. Fico orgulhoso, após todo esse tempo e as dificuldades que enfrentamos, em saber que a minha empresa ainda tem credibilidade. O respeito que temos de todos que trabalham conosco e do consumidor nos motiva a continuar”, diz.

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